O que se passa na cabeça do terapeuta? Reflexões sobre os sentimentos dos psicólogos em relação aos clientes
Gostaria de compartilhar uma reflexão diferente: Os sentimentos dos psicólogos em relação aos clientes. Esqueça os termos complicados e vamos direto ao ponto. Você já parou pra imaginar quais são os pensamentos daquele psicólogo que você vê toda semana, em relação a você? Sim, aquele mesmo que te escuta sem julgamentos e te ajuda a entender as suas próprias questões.
Conversar sobre a contratransferência pode parecer um mergulho nas águas teóricas da psicologia, um tópico denso e pouco explorado durante a graduação, mas que permeia intensamente nosso cotidiano como Psicoterapeutas.
Essa reflexão nos conduz a questionar o que realmente se passa na mente dos psicólogos durante as sessões terapêuticas e como eles lidam com as complexidades emocionais que surgem nesse contexto. A contratransferência, termo que descreve os sentimentos e reações do terapeuta em relação ao paciente, é uma realidade palpável para muitos profissionais. Longe de ser uma mera teoria, é uma experiência vivida, discutida e, por vezes, desafiadora.
Em minhas conversas com colegas da área, é evidente que a forma como os clientes se relacionam com o compromisso terapêutico é um ponto de tensão recorrente. A ansiedade que surge quando um cliente falta às sessões sem aviso prévio, ou demonstra resistência aos atendimentos, é um sentimento compartilhado por muitos psicólogos. Afinal, o compromisso mútuo é essencial para o sucesso do tratamento e sua falta gera questionamentos e preocupações naturais.
Também já escutei muito sobre a crença de que os psicoterapeutas são como personagens de filmes, prontos para chorar junto com o cliente em momentos de emoção intensa. Mas a realidade é diferente: Realizamos treinamento para manter a objetividade, mesmo diante das histórias mais complexas e emocionantes.
Nos bastidores dos consultórios, é comum os psicólogos discutam entre si sobre os casos que atendem. Essas conversas visam entender melhor o comportamento dos clientes e aprimorar a prática clínica, sempre pautadas pela ética profissional.
E quanto à pergunta que não quer calar: será que o terapeuta pensa em você depois da sessão? É possível que sim, afinal, são seres humanos curiosos e preocupados com o bem-estar alheio. É importante ressaltar que a relação terapêutica é baseada em confiança e confidencialidade. O que é discutido em sessão permanece entre o terapeuta e o paciente, respeitando os limites éticos da profissão.
No fim das contas, o que importa é que os psicólogos estão ali para oferecer apoio, com cuidado e dedicação, desempenhando um papel fundamental na promoção da saúde mental e no auxílio àqueles que precisam.
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